quarta-feira, 18 de abril de 2012

Bola 7: 46 anos de imprensa em Alagoas

pelo colega jornalista Cícero Santana
autobiográfico

* Atuou também, como assessor de imprensa, em Coruripe, na gestão Enéas Gama; Palmeira dos Índios, na com Gileno Sampaio; Porto de Pedras, com o prefeito Dorgival Moura; Barra de Santo Antônio, com Rogério Farias; e em Marechal Deodoro, com o prefeito e radialista Cristiano Matheus. Foi assessor de imprensa também do Mafrial, na gestão da empresária Zoraide Beltrão; além de ter trabalhado em várias campanhas políticas, em Alagoas. Como radialista, trabalhou no departamento de jornalismo das rádios Difusora, Gazeta, Progresso, Palmares e Novo Nordeste, de Arapiraca. Na Barra de Santo Antônio, comandou o programa noticioso ‘Jornal da Barra’, na Rádio Comunitária, Barra FM, daquele município.



"Que Deus ilumine a todos os jornalistas, neste e em todos outros dias"
Por Cícero Santana
O idealizador deste projeto PONTAL HOJE, é o repórter investigativo Cícero Santana (Bola 7). Ele começou na imprensa em 1965 como foca (estagiário de jornalismo) no Correio de Maceió, tendo como primeiro editor o saudoso jornalista Hélio Nascimento. Três meses depois documentou o primeiro e último confronto entre jornalistas e policiais, lotados na Delegacia de Roubos e Furtos, no prédio onde hoje funciona o Instituto de Identificação, no Centro de Maceió. Esse material transmitido com exclusividade para a Rádio Difusora lhe valeu o emprego na emissora oficial do Estado.
Em março de 1969, pela Difusora, foi o primeiro repórter a documentar a catástrofe ocorrida em São José da Laje, onde mais de 200 pessoas foram  vitimas fatais da enchente que na época abalou todo país. Por esse trabalho, já retornei da Laje, contratado pelo radialista Edécio Lopes, para trabalhar na Rádio Gazeta. Meses depois, foi trabalhar no jornal Gazeta de Alagoas, onde criou a coluna diária ‘Hóspedes da Cidade’.
Ainda na organização, foi o primeiro repórter da TV Gazeta, quando o editor de jornalismo era Ailton Vilanova. Passei poucos meses. Em seguida foi  para o Jornal de Alagoas, onde em 1979, através de uma informação de um anatomista, descobriu o primeiro Cemitério Clandestino, em Alagoas, localizado onde estava sendo edificada a fabrica de Coca-Cola, no Tabuleiro do Martins. Esse trabalho valeu DUAS TIRAGEM de exemplares no mesmo dia. A procura foi tão grande que ao meio dia não existia mais jornal e tiveram que realizar nova tiragem.
O então secretário de Segurança não gostou do material e em tom de brincadeira, disse ao repórter: “Vou mandar quebrar suas pernas”. Foi o bastante para ser transferido para o município de Arapiraca, onde também trabalhei no semanário Novo Nordeste. Por ter seguido a ética, já no jornal Tribuna de Alagoas, admitido pelo editor Denis Agra, denunciou irresponsabilidades de dois médicos. Ai não teve como  ficar no Agreste. Retornou a Maceió, e foi trabalhar no Jornal de Hoje, onde documentou o primeiro escapamento de cloro na então Salgema. O superintendente Ronaldo Miragaia não gostou e terminei saindo da empresa.
Tiro pela culatra
Diante da situação em função do trabalho, recorreu ao então presidente do Sindicato dos Jornalistas, Freitas Neto, que em documento oficial da entidade, o encaminhou até o presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, Anisio Felix. Lá estava havendo uma onda de demissões e terminei trabalhando na Tribuna de Aracajú. Na capital sergipana, fez uma matéria sobre a precariedade dos edifícios daquela cidade, sem sistema de segurança contra incêndio.  Em Aracaju, o Corpo de Bombeiros funcionava em um prédio anexo a prefeitura. O dono do jornal era o prefeito da capital, Heráclito Rolemberg.
 Como era adversário político do governador Augusto Franco e eu  novato na empresa, terminei sendo demitido. Mas, antes desse episódio, chegou a entrevistar Luiz Hawar, o ‘Papa do Diabo’, como ficou nacionalmente conhecido. Ele chegou a erguer um templo em formato de caixão, que terminou sendo demolido. Desempregado e com família, retornou a Maceió.
Foi admitido pelo jornalista Nilton Oliveira,  e passou a trabalhar no Repórter Semanal. Meses depois, foi atuar na prefeitura de Maceió, onde foi o primeiro repórter a acompanhar o então prefeito Fernando Collor de Mello,  candidato a deputado federal. Na mesma campanha foi transferido para acompanhar os candidatos a majoritária, Divaldo Suruagy, governador, e Guilherme Palmeira, senador.
 Com o término da campanha, passou a integrar mo serviço público, na assessoria da Secretaria da Agricultura, na gestão de Manoel Gomes de Barros, atuando também em cargo comissionado na secretaria de Segurança Pública, gestão Ardel Jucá e no Departamento Estadual de Trânsito, gestão Roberto Mendes, e depois na Fidam, com o mesmo Mendes. Aderiu o PDV e com a transição de governo, ficou apenas atuando no Jornal de Hoje, como editor de Polícia, quando o editor geral era José Machado.Trabalhou ainda no semanário Espaço e em seguida foi um dos primeiros repórteres do semanário Extra, tendo como editor Ricardo Rodrigues. Trabalhou no semanário A Notícia, onde guarda boas e más recordações.
Atuou como repórter de O Jornal, tirando férias do jornalista Deraldo Francisco, (editor de Polícia) e em seguida no Jornal Tribunal de Alagoas, também tirando férias de Dênis Melo e do editor Antônio Pereira. Finalmente no semanário Alagoas em Tempo e site, onde acumula bons momentos profissionais e de amizade junto aos companheiros (as) da época, a exemplo da editora Marinete Barros e de vários repórteres, como Tereza Cristina, Gilca, Viviane, Igor, Victor, Deisinha,Helci, Tassila, Marcela, João de Deus. Além dos diagramadores Jerônimo e Afrânio Godoy Sobrinho, bem como dos diretores Aldo Veiga, Adoniran Guerra e dos funcionários Cida, Fábio, Djalma e Thiago.

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